Comunicação - Gritar 😱 com os filhos tem o mesmo efeito de bater ☹️
Gritar com adolescentes não funciona, conclui estudo
Pesquisa que analisou a reação ao tom de voz de mães revela que falas tranquilas têm maiores hipóteses de serem compreendidas, e absorvidas, pelos filhos.
Últimamente tenho gritado muito, não só com os meus filhos, e sinto-me triste ☹️, revoltada, cansada, zangada com a fase complicada na minha vida pessoal e profissional.
Li no Facebook o seguinte post, sobre um vizinho zangado que gritava:
O que haverá de tão terrível dentro dele
que prefere continuar assim,
a vomitar sofrimento para fora,
em vez de cuidar do que lhe dói?
E como cuidar do que dói 😣, como curar?
Sabemos que:
“O peso da responsabilidade e o ritmo acelerado da vida atual fazem com que os pais caiam no erro de gritar. Mas quando se torna uma prática habitual, e não corrigida, acaba por ser uma péssima forma de educação”
Que não haja hipocrisia. “Mais cedo ou mais tarde, todos os pais acabam por gritar com os filhos, e quem disser o contrário, mente. Isso é quase inevitável, mas não significa que seja correto. Portanto, se for apropriado pedir desculpas, explique com calma as razões pelas quais perdeu o controlo e admita que não conseguiu gerir a situação, mas vai tentar que isso não se repita.
E sabemos o porque não deve gritar com os seus filhos:
- Os gritos provocam stress
- Confundem os miúdos
- Geram mais berros
- São uma ameaça à autoestima
A criança pode desenvolver uma imagem pouco favorável de si própria. A autoestima desenvolve-se, sobretudo, no relacionamento com os pais.- Gritos geram sentimentos de angústia e ansiedade
- Desencadeia raiva
- Provoca sentimentos de vulnerabilidade
Se a regra é o tom de voz elevado em situação de confronto, a criança pode chegar à conclusão de que os seus sentimentos ou necessidades não são atendidos e, no futuro, tenderá a ocultá-los.
E também sabemos que “nos primeiros 30 segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas”, por isso, ele traz uma solução que exige perseverança e autocontrole, “
Devemos procurar a voz do silêncio…
Comece a praticar. “Antes de dizer ‘ai nada disto vai resultar’, experimente. É como as dietas. Sabemos que temos de estar dispostas a fazer aquele esforço, e que não há resultados de um dia para o outro. Mas as pessoas vão perceber que gritar é uma decisão.
Há um momento em que decidimos gritar, e talvez isto os faça perceber que não gritam por causa dos filhos, e que não está à mercê mas ao comando das suas emoções, e que pode mesmo não gritar – se não quiser.”
Para os pesquisadores, o estudo mostra que o tom de voz é muito importante na comunicação humana, podendo provocar até mesmo reações físicas nos receptores das mensagens, como aumento da frequência cardíaca. Assim, prova-se mais efetivo que os pais deem preferência a um tom de voz calmo e encorajador, até mesmo nos momentos estressantes. De acordo com os cientistas, o mesmo pressuposto talvez valha para outras figuras de autoridade, como professores.
