Voz das crianças e dos idosos
Muitas vezes me pergunto quem pode ser a voz das crianças e dos idosos?
Sempre achei que são dois grupos que precisam ser protegidos e cuidados, o primeiro grupo, as crianças, tem que ser protegidos de pessoas sem coração e que serão o nosso futuro e o segundo grupo, os idosos, são aqueles que precisam dos nossos cuidados, foram os que construíram o nosso passado, aos quais estamos muito gratos.
Tive o privilégio de puder colocar os meus filhos com 3 anos na pré-escolar, graças aos meus atuais idosos, os meus pais!
Durante a pré-escolar, fiquem chocada por o meu filho mais velho, ter sofrido bullying e só me apercebi no ano seguinte, quando ele se recusou de voltar para a escola. Fiquei mais alerta 🚨 e mudei a tática de educar!
As minhas filhas já se conseguiram defender e não foi preciso a minha intervenção. O primeiro, abre caminho!
Agora estou na fase de defender os idosos, o meu Pai está num Lar e com a infeção do COVID-19, acelerou a demência de Parkinson, tem mais dificuldade nos movimentos e na fala, já não consegue atender o telemóvel.
Este fim de semana, não conseguimos contactar o Lar e não conseguimos ter informações sobre o seu estado de saúde.
Durante esta angústia, li a seguinte reportagem:
Sem visitas, doentes sentem-se “abandonados”. Enfermeiros angariam “tablets” para comunicar com famílias
São estas pessoas que fazem a diferença na vida das pessoas, ainda acredito que cruzam no nosso caminho anjos.
As estruturas residenciais para idosos são diariamente notícia desde o início da pandemia.
“há indícios de violação grave dos direitos humanos”
... aponta para violações, sublinhando a situação de “ausência de informação sobre o estado dos utentes aos familiares”
“insuficiência ou desadequação” na administração de medicação, na alimentação e na higiene dos utentes.
... restrição ou suspensão de visitas, por tempo limitado no caso de surtos, E “deve ter um plano para operacionalização das visitas e ter identificado um profissional responsável pelo processo.”
E no caso de idosos doentes e infetados, que estão isolados e pensam que foram abandonados? O que podemos fazer?
O apoio dos familiares é fundamental!
Com a suspensão das visitas, a perspectiva de morrer sozinho, numa cama de hospital, não é só possível, é altamente provável.
Por isso eu faço o mesmo apelo da Enfermeira Carmen:
Por isso, apelou a quem quisesse oferecer tablets que os distribuíssem também por hospitais e lares próximos.
Vamos ajudar a comunicar! Além do mais está a chegar o Natal!